A escolha entre usar a voz ativa ou a voz passiva pode ter um impacto significativo no modo como uma frase ou um texto é compreendido pelos leitores. A voz ativa enfatiza o sujeito da ação, enquanto a voz passiva coloca o foco no objeto da ação. Neste artigo, exploraremos os efeitos de sentido que a voz ativa e a voz passiva podem ter em diferentes contextos e discutiremos como fazer escolhas conscientes para alcançar os efeitos desejados.
Qual é o efeito de sentido causado pelo uso da voz passiva?
A voz passiva é uma construção gramatical que ocorre quando o objeto direto de uma frase se torna o sujeito da mesma. Dessa forma, a estrutura da frase é alterada, com o verbo sendo conjugado na voz passiva, e o sujeito original passa a ser o complemento do verbo.
O uso da voz passiva pode ter diferentes efeitos de sentido em um texto. Em primeiro lugar, a voz passiva pode ser utilizada para enfatizar a ação realizada sobre o sujeito. Por exemplo, na frase “A casa foi construída pelo arquiteto”, a voz passiva é utilizada para destacar a ação de construir e o agente da ação (o arquiteto) é colocado em segundo plano. Nesse caso, o foco está na ação e não na pessoa que a realiza.
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Além disso, a voz passiva também pode ser utilizada para dar mais objetividade à informação transmitida. Ao usar a voz passiva, o falante ou escritor pode se distanciar do sujeito da ação, tornando o enunciado mais neutro e impessoal. Por exemplo, na frase “O carro foi roubado”, o foco está no fato de o carro ter sido roubado, e não em quem o roubou.
Qual é a função da voz passiva e ativa?
A voz ativa é a forma mais comum de expressar a ação em uma frase. Nesse caso, o sujeito da oração é quem realiza a ação expressa pelo verbo. Por exemplo, na frase “O gato comeu o peixe”, o gato é o sujeito da oração e também é quem realiza a ação de comer o peixe. A voz ativa é geralmente mais direta e objetiva, permitindo uma comunicação mais clara e eficiente.
Por outro lado, a voz passiva é usada quando queremos focar no objeto que recebe a ação do verbo, em vez de quem realiza a ação. Nesse caso, o sujeito da oração é o alvo da ação. Por exemplo, na frase “O peixe foi comido pelo gato”, o peixe é o sujeito da oração e também é quem recebe a ação de ser comido. A voz passiva é especialmente útil quando queremos destacar o objeto da ação ou quando não queremos mencionar quem realizou a ação.
É importante notar que a voz reflexiva é um caso específico em que o sujeito da oração é, ao mesmo tempo, o agente e o alvo da ação. Por exemplo, na frase “Eu me machuquei”, o sujeito “eu” realiza a ação de machucar-se. A voz reflexiva é usada quando queremos expressar uma ação que volta para o próprio sujeito.
Por que usar a voz ativa?
A voz ativa é preferida na escrita por várias razões. Em primeiro lugar, a voz ativa torna a escrita mais clara e direta. Ao usar a voz ativa, o sujeito da frase realiza a ação, o que torna a sentença mais fácil de entender. Por exemplo, na frase “O gato comeu o rato”, fica claro que o gato é o sujeito que está realizando a ação de comer. Em contraste, na voz passiva, a ação é realizada no sujeito, tornando a frase menos clara e mais complexa. Por exemplo, na frase “O rato foi comido pelo gato”, não fica imediatamente claro quem está realizando a ação.
Além disso, a voz ativa também é mais concisa. Na voz ativa, a estrutura gramatical é mais simples e direta, o que torna a escrita mais eficiente. Por exemplo, a frase “O cão encontrou o osso” é mais curta e mais fácil de ler do que a frase “O osso foi encontrado pelo cão”. A voz ativa também ajuda a evitar a passividade e a evasão de responsabilidade na escrita. Quando usamos a voz passiva, é mais fácil para os escritores evitarem assumir a responsabilidade pelas ações descritas. Por exemplo, a frase “O erro foi cometido” é menos direta do que a frase “Eu cometi o erro”. Ao usar a voz ativa, os escritores são incentivados a serem mais claros e assumirem a responsabilidade por suas ações.
Qual é a principal característica da voz passiva?
A principal característica da voz passiva é que o sujeito da oração se torna o paciente, ou seja, ele recebe a ação expressa pelo verbo. Isso significa que o sujeito não realiza a ação, mas sim é o alvo dessa ação. Essa construção é usada quando queremos dar ênfase ao objeto da ação, em vez de quem a realiza.
Existem duas formas de voz passiva: a voz passiva analítica e a voz passiva sintética. Na voz passiva analítica, a oração é composta pelos verbos “ser”, “estar” ou “ficar” seguidos pelo verbo principal no particípio. Por exemplo: “O livro foi escrito pelo autor.” Nesse caso, “o livro” é o sujeito paciente que recebe a ação de escrever, expressa pelo verbo “ser” conjugado no passado (foi) e pelo verbo principal “escrito”. Já na voz passiva sintética, o verbo principal é conjugado na terceira pessoa do plural e não há o uso dos verbos auxiliares “ser”, “estar” ou “ficar”. Por exemplo: “Os livros foram vendidos rapidamente.” Nessa construção, “os livros” é o sujeito paciente que recebe a ação de vender, expressa pelo verbo “foram” conjugado no passado e pelo verbo principal “vendidos”.
