A colocação pronominal é uma das questões mais complexas da língua portuguesa. Um dos aspectos que gera bastante dúvida entre os falantes é o uso correto do pronome átono antes ou depois do verbo. Nesse sentido, surge a dúvida entre as formas “se deu” e “deu-se”.
Neste artigo, vamos explorar essa questão em detalhes, analisando as regras gramaticais e os contextos em que cada forma deve ser utilizada. Além disso, apresentaremos exemplos práticos e exercícios para ajudar na fixação do conteúdo.
É importante ressaltar que a colocação pronominal correta é fundamental para uma comunicação clara e eficiente, evitando possíveis ambiguidades e equívocos. Portanto, vamos desvendar de uma vez por todas a polêmica entre “se deu” e “deu-se”.
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Qual é o correto: se deu ou deu-se?
A forma “deu-se” é a correta quando se pretende utilizar o verbo “dar” na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. Nessa conjugação, o verbo “dar” é irregular, ou seja, não segue o padrão regular de conjugação dos verbos em português. Já o particípio do verbo “dar” é regular, ou seja, segue o padrão de formação do particípio dos verbos regulares.
No caso da forma “deu-se”, o pronome reflexivo “se” é utilizado para indicar que a ação do verbo “dar” é realizada pelo próprio sujeito. Essa forma é usada quando se quer expressar uma ação que ocorreu no passado e teve como resultado uma consequência ou efeito para o sujeito.
Exemplo: “Ele deu-se conta de que havia esquecido o celular em casa”. Nesse caso, o pronome reflexivo “se” indica que o sujeito da frase (ele) foi quem realizou a ação de dar (dar-se conta) e o resultado dessa ação foi a percepção de que havia esquecido o celular em casa.
É correto falar se deu?
Resposta verificada por especialistas. Para a língua portuguesa, as duas formas estão corretas. A expressão “se deu” é uma forma abreviada de dizer “se deu bem” ou “se deu certo”. É uma expressão coloquial bastante utilizada no Brasil para indicar que algo teve um resultado positivo ou favorável. Por exemplo, podemos dizer “Eu estudei bastante para a prova e se deu, tirei uma boa nota”. Nesse caso, a expressão “se deu” está sendo utilizada no sentido de “deu certo” ou “obtive sucesso”.
No entanto, é importante ressaltar que essa forma de expressão é mais comum na linguagem oral e informal. Na escrita formal, é preferível utilizar a forma completa, como “deu certo” ou “se deu bem”. É sempre importante considerar o contexto e o nível de formalidade da situação em que estamos nos comunicando para escolher a forma mais adequada. Vale ressaltar que a língua é dinâmica e está em constante evolução, e expressões coloquiais como essa podem variar de região para região.
Qual o significado de se deu?
Se deu é uma expressão que significa que algo aconteceu, ocorreu, sucedeu, passou-se ou realizou-se. É utilizada para descrever eventos ou situações que ocorreram em determinado momento no passado. Por exemplo, se alguém pergunta “O que se deu ontem à noite?”, está querendo saber o que aconteceu na noite anterior. A expressão se deu pode ser usada em diferentes contextos e situações, tanto para eventos simples do dia a dia quanto para situações mais complexas. É uma expressão comumente utilizada na língua portuguesa para descrever eventos passados.
Quando usar o se?
O uso do “se” é bastante comum na língua portuguesa e pode assumir diferentes funções dependendo do contexto. Uma das principais funções do “se” é indicar a voz passiva, quando colocado depois do verbo na posição enclítica. Nesse caso, o “se” é utilizado para indicar que a ação é sofrida pelo sujeito, como nos exemplos citados anteriormente: “Recomenda-se a substituição”, “Diz-se que vai chover”, “Eles casaram-se”, “Ele feriu-se”.
Além disso, o “se” também pode ser utilizado para indicar indeterminação do sujeito, quando não se quer especificar quem realiza a ação. Nesse caso, o “se” é colocado antes do verbo, na posição próclise. Por exemplo: “Se come bem neste restaurante”, “Se diz que ele é muito talentoso”.
Outra função do “se” é indicar uma condição ou uma possibilidade. Nesse caso, o “se” é utilizado em orações condicionais ou hipotéticas. Por exemplo: “Se chover, vou levar o guarda-chuva”, “Se eu fosse rico, viajaria pelo mundo”.